Estudo revela: Zumbido
pode causar depressão
Alerta para mulheres:
zumbido pode causar depressão
65% dos pacientes atendidos no
Hospital das Clínicas são mulheres, 15%
da população brasileira sofre com
zumbido e 8% da população mundial possui
depressão ou ansiedade.
Depressão é problema que atinge pessoas
de todas as idades. Estudos realizados
por entidades norte-americanas
demonstram que 8% da população mundial
sofre com a doença. A Dra. Tanit Ganz
Sanchez, especialista em zumbido e
precursora das pesquisas para
desmistificar o sintoma no Brasil desde
1994, aponta que uma das possíveis
causas para o desenvolvimento da
depressão e ansiedade pode estar
relacionada com zumbido, esteja ele
sozinho ou associado à perda de audição,
Muitas pessoas adquirem o zumbido por
problemas físicos e depois desenvolvem
depressão e ansiedade: entretanto
pessoas que estão em fases complicadas
da vida, com graus diferentes de
angústias adquirem zumbido devido ao
comprometimento emocional.
Mulheres sofrem mais
Zumbido é som que nasce dentro da via
auditiva e geralmente expressa ritmo
acelerado de funcionamento do ouvido.
Comparado pelos pacientes com diversos
tipos de som, sendo os mais comuns
apitos, chiados, canto de cigarra ou de
grilo e panela de pressão, o zumbido
atrapalha a concentração e sono,
prejudicando a qualidade de vida.
Mulheres se destacam no atendimento
realizado pelo Grupo de Pesquisa em
Zumbido e no Grupo de Apoio a Pessoas
com Zumbido do Hospital das Clínicas de
São Paulo, ocupando 65% dos pacientes
atendidos. Justificativas para essa
diferença, segundo Dra. Tanit, podem
incluir maior preocupação e interesse
que as mesmas desenvolvem com a saúde e
qualidade de vida, além de problemas
relacionados com causas hormonais,
demanda do dia-a-dia, vícios de postura
que são feitos inclusive dentro de casa,
que acabam por comprometer a coluna
cervical e problemas da articulação
temporomandibular (“junta da mastigação”
- que também acomete mais as mulheres).
A depressão ocorre devido
à diminuição de serotonina e seus
sintomas são os mais variados, como
isolamento, perda de interesse pelo
trabalho, por pessoas e atividades de
lazer e, principalmente, perda da
auto-estima. Estudos, ainda em fase de
pesquisa, mostram que o zumbido também
pode ser conseqüência dessa diminuição
de serotonina, justificando assim
associação freqüente com depressão.
Unidades de estudo em
vários estados
A ansiedade - sensação de preocupação
constante e intensa com tarefas do
dia-a-dia - pode alterar o modo pelo
qual o som é percebido, aguçando assim a
sensibilidade para detectar sons que
possam parecer ameaça potencial. Como
muitos dos pacientes perdem a paciência
devido à doença, abandonam o tratamento
impedindo bons resultados e aumentando
ainda mais a ansiedade.
”No GAPZ – Grupo de Apoio a Pessoas com
Zumbido - recebemos mensalmente
pacientes que querem compreender um
pouco mais deste sintoma através das
palestras ministradas por profissionais
experientes. Criado em São Paulo em
1999, hoje o GAPZ se estende
nacionalmente, marcando presença em
Brasília, Salvador, Curitiba, Rio de
Janeiro, São José do Rio Preto e
Campinas”, ressalta Dra. Tanit.
Zumbido afeta mais que diabetes e
surdez
Recentemente pesquisa apontou número
assustador: 28 milhões de brasileiros
(15% da população) possuem zumbido,
afetando mais pessoas do que a diabetes
(8%) e a surdez (10%). Atualmente não há
exames que possam diagnosticar doenças
emocionas que desencadeiam zumbido, ou
vice-versa, porém entrevista aprofundada
por médico pode apontar vestígios e
assim determinar tratamento específico.
Segundo a psicóloga americana Loise Hay,
muitas doenças do corpo são criadas por
nós mesmos e têm origem no estado
crônico de mágoa, rancor, tristeza e
raiva. “Todos estes fatores interferem
na maneira de perceber o zumbido e no
sofrimento que ele vai causar. Cabe
então à equipe profissional esclarecer
aspectos reais do zumbido, além de
identificar e tratar quadros emocionais
associados, podendo melhorar assim o
zumbido e qualidade de vida do
paciente”, finaliza a Dra. Tanit.
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