A herança de Steve Jobs
Steven Paul Jobs (São Francisco,
Califórnia, 24 de fevereiro de 1955 —
Palo Alto, Califórnia, 5 de outubro de
2011) foi um inventor, empresário e
magnata americano no setor da
informática. Notabilizou-se como co-fundador,
presidente e diretor executivo da Apple
Inc. Foi também
diretor executivo da empresa de animação
por computação gráfica Pixar e acionista
individual máximo da The Walt Disney
Company.
No final da década de 1970, Jobs, em
conjunto com Steve Wozniak e Mike
Markkula, entre outros, desenvolveu e
comercializou uma das primeiras linhas
de computadores pessoais de sucesso, a
série Apple II. No começo da década de
1980, ele estava entre os primeiros a
perceber o potencial comercial da
interface gráfica do usuário guiada pelo
mouse, o que levou à criação do
Macintosh.
Após perder uma disputa de poder com a
mesa diretora em 1984, Jobs demitiu-se
da Apple e fundou a NeXT, uma companhia
de desenvolvimento de plataformas
direcionadas aos mercados de educação
superior e administração. A compra da
NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de
volta à companhia que ele ajudara a
fundar, e ele serviu como seu CEO de
1997 a 2011, ano em que anunciou sua
renúncia ao cargo, recomendando Tim Cook
como sucessor.
Morreu em 5 de outubro de 2011, aos 56
anos, devido a um câncer pancreático.
A luta contra o câncer
Identificado o inimigo, começou a
batalha. Sem quartel. O melhor da
pesquisa médica utilizado pelos
profissionais mais competentes na
tentativa de prolongar a vida de Steve
Jobs.
Um homem com o prestígio de Steve deve
ter alavancado o interesse humanitário
de milhões no mundo inteiro. Preces,
práticas milagrosas, sugestões,
indicações de infalíveis novidades.
Nada adiantou. Atacado pelo câncer de
pâncreas, a vida chegou a termo dia 5 de
outubro.
A hora final de Steve não levou em conta
a contribuição universal deste mago
fabricante de incríveis novidades.
A habilidade do fundador da Apple sem
dúvida foi diferente da que possui a
maioria das pessoas. Mas pelo menos uma
de suas matérias primas foi a mesma que
possuem todos: o tempo. Ele foi sempre
ousado no uso de sua cota. E ficou na
história deste fantástico mundo novo do
século 21.
E até adivinho o que vai por muitas
cabeças do mundo inteiro, justificando
sua acomodação, comparando a humildade
de sua inteligência com o privilegiado
cérebro do inventor. “Ele era Steve. Eu,
quem sou?”
Mas não há desculpas para fazer menos do
que cada um pode. Se houvesse um juiz
para julgar a importância dos indivíduos
ao termo de sua jornada, certamente não
teria os mesmos parâmetros que a
sociedade utiliza para julgar feitos
relevantes.
Acho que o que conta, mesmo, é a
eficiência no uso do tempo, esse
democrático espaço para o desempenho das
habilidades individuais. Inteligência,
fortuna, influência, raça, localização
espacial, época, nada disso é tão
importante, pois essas condições não são
nada democráticas. O tempo, sim.
Consciência
Não lamentes a humilde extensão de teu
passo
comparado ao de outros.
O tempo é feito de séculos e milênios
e também de minutos e segundos.
O universo que não cabe em tua mente
é o mesmo que ressoa na concha em tua
mão.
Todo oceano um dia foi riacho;
todo gigante foi criança um dia.
Essencial é a consciência de que existes
e viver de tal forma
que sem tua presença,
o mundo seria mais pobre
e os homens mais tristes.
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