Hipertensão: já são 300
mil mortes por ano
Inimiga silenciosa,
hipertensão continua fazendo vítimas no
Brasil: enquanto você estiver lendo este
texto, quatro pessoas morrerão vítimas
da doença.
E o fenômeno já não escolhe idade:
pesquisa recente demonstrou que 5% dos
pacientes encontram-se entre jovens e
adolescentes. O mal segue crescendo à
medida que aumenta a idade, fazendo
vítimas em 30% da população adulta e
mais de 50% da terceira idade.
Atenta à realidade da doença que mata
300 mil brasileiros cada ano, as
Sociedades Brasileiras de Hipertensão,
Cardiologia e Nefrologia, e da Federação
Nacional das Associações de Portadores
de Hipertensão Arterial, reuniu milhares
de pessoas em abril passado em Recife,
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito
Federal, Alagoas, Bahia, Santa Catarina,
Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e Paraná. Em São Paulo, a
campanha reuniu cerca de quatro mil
pessoas na Praça da Sé, de onde partiu a
caminhada até o Teatro Municipal.
Entidades religiosas participam
Para o Dr. Artur Beltrame Ribeiro,
presidente da Sociedade Brasileira de
Hipertensão, a promoção
desses eventos é muito importante
considerando que a pressão alta é
responsável pela morte de uma pessoa a
cada dois minutos no País.
A campanha inovou ao ampliar sua
divulgação com parceiros como a
Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) com 15 mil
igrejas católicas, o Conselho Nacional
das Igrejas Cristãs do
Brasil (CONIC) que congrega 6 diferentes
religiões, Confederação Israelita do
Brasil (CONIB) E a AME-SP (Associação
dos Médicos Espíritas) que também apóiam
a campanha. As entidades ligadas às
associações participam com a
conscientização do tratamento da doença
durante os serviços religiosos em
diversos pontos do país. Durante a
campanha foram distribuídos 10 milhões
de panfletos sobre os Dez Mandamentos
para Prevenção e Controle da
Hipertensão.
Dez Mandamentos da prevenção e
controle
- Meça a pressão pelo menos uma vez ao
ano;
- Pratique atividades físicas todos os
dias;
- Mantenha o peso ideal, evite a
obesidade;
- Adote alimentação saudável: pouco sal,
sem frituras e mais frutas e legumes;
- Reduza o consumo de álcool;
- Abandone o cigarro;
- Nunca pare o tratamento, é para a vida
toda;
- Siga as orientações do seu médico ou
profissional da saúde;
- Evite o estresse. Tenha tempo para a
família, amigos, lazer;
- Ame e seja amado.
Importância da conscientização do
controle e tratamento
Graves conseqüências da pressão alta
podem ser evitadas, desde que
hipertensos conheçam sua condição e
mantenham-se em tratamento;
Em apenas 29% das consultas médicas no
Brasil se faz medição da pressão;
Apenas 23% dos hipertensos controlam
corretamente a doença, 36% não fazem
controle algum e 41% abandonam o
tratamento, após melhora inicial da
pressão arterial.
Gravidade da doença
Anualmente, quase trezentas mil pessoas
morrem no Brasil de doenças
cardiovasculares, mais da metade decorre
da pressão alta;
Doenças cardiovasculares são
responsáveis pelo maior número de óbitos
no Brasil, seguido por mortes por câncer
e causas externas (como violência);
Pressão alta é doença democrática: não
discrimina sexo, faixa social ou idade;
Pressão alta atinge 30%
da população adulta brasileira, chegando
a mais de 50% na terceira idade e está
presente em 5% das crianças e
adolescentes no Brasil;
Pressão alta é
responsável por 40% dos infartos, 80%
dos derrames (AVC - acidente vascular
cerebral) e 25% dos casos de
insuficiência renal terminal;
Pressão alta é grave,
também, por ser “inimiga silenciosa”,
pois muitas vezes o paciente não sente
nada. As manifestações mais comuns a ela
atribuídas, entre as quais dor de
cabeça, cansaço, tonturas, sangramento
pelo nariz podem não ter relação de
causa e efeito com a elevação da pressão
arterial;
Hipertensão (pressão
alta) não tem cura.
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